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sábado, 17 de dezembro de 2005
Eng.
Fernando Santo acaba de meter a pata na poça numa crónica na TSF. A Ordem dos Engenheiros fez um inquérito aos seus 33 000 membros e 6 000 estagiários. De entre vários resultados, ele congratula-se especialmente com a taxa de desemprego de 1,5%. E avança com várias explicações, ligadas ao tipo de funções de um engenheiro, ao selo de qualidade que a Ordem dá, etc... Disparates. Na maioria dos casos (com a excepção dos Civis), a pertença à Ordem não é critério de contratação de um engenheiro. O que era curioso saber era a taxa de desemprego no universo de todos os engenheiros, não só os inscritos na Ordem. Porque, se calhar, quem não arranja emprego não se vai inscrever e pagar as belas quotas da Ordem. Digo eu. Para não falar em quantos deles estarão a exercer funções de engenheiro e não a dar aulas, a trabalhar num banco, numa repartição pública, etc. Que um jornalista tenha deficiências na interpretação de números é mau, mas percebe-se e é infelizmente frequente. Agora do bastonário da Ordem dos Engenheiros esperava-se mais.
# Jorge Moniz |
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