|
|
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Vejo na televisão...
... a apresentação de uma série sobre a vida privada de Salazar. Passam os nomes do elenco e de uma rajada identifico três “gajas boas”, algo que eu na minha inocência nunca associaria à austeridade das imagens a preto e branco da outra senhora. Diz-se depois que a SIC se orgulha de apoiar as produções portuguesas mais vistas. Ocorrem-me uma ou outra também com a respectiva “gaja boa”, ou “cena de bolinha”. Quando se mistura então isto com religião, é sucexo garantido. Lembro-me a propósito das diferenças entre a Vila Faia da minha infância e esta que dá agora. O camionista e a prostituta tinham muito mais portugalidade na ponta de um dedo que os jovens garbosos da nova versão. E lembro-me dos Morangos e outros quejandos. É tudo bonito, imaculado (mesmo que com as calças a mostrar 3/4 dos boxers). É fácil concluir que hoje em dia só assim se conseguem audiências, especialmente para adocicar a ficção histórica no seu papel educativo. Felizmente há ainda resistência.
# Jorge Moniz |
|
|
|