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    quarta-feira, 1 de novembro de 2006


    Não voto em Afonso Henriques
    Nos nomes que vão sendo debatidos para a escolha do maior português, um dos mais falados é o de Afonso Henriques, porque foi o primeiro, porque criou um país, porque basicamente fez frente aos espanhóis, mesmo que na altura não fizesse sentido falar em espanhóis.
    Eu considero que na escolha do maior português se deve optar por alguém com qualidades tais que sirva de modelo a um povo. E o nosso primeiro rei não me parece que as tenha. Senão vejamos:
    - Veio Afonso VII , o novo rei de Leão, a Guimarães confirmar que o Condado Portucalense o reconhecia como rei. Afonso Henriques disse que sim (atropelando as competências da sua mãe), que lhe obedecia e prometia não se revoltar contra ele. E Afonso VII voltou para casa descansado.
    - O rapaz não estava muito disposto a esperar que a mãe morresse para tomar posse do condado, por isso tratou de travar a tal da batalha de S. Mamede, prendendo a senhora sua mãe.
    - Nesta altura faz-se Afonso Henriques a caminho da Galiza, "esquece" o que tinha prometido a Afonso VII, mata gente, queima terras e estraga campos.
    - Entretiveram-se em várias batalhas, até que houve problemas com os mouros na banda sul do condado. Afonso Henriques faz novamente paz com Afonso VII e vem por aí abaixo tratar dos mouros na batalha de Ourique.
    - Resolvido este problema, vai por aí acima e não, não parou em Guimarães. Voltou a "esquecer-se" da paz firmada com Afonso VII e volta a entrar pela Galiza sem avisar.
    - Até que o galego lá se farta das brincadeiras e assina com Afonso Henriques o tratado de Zamora, onde se cria o Reino de Portugal.

    Convenhamos que em termos de lealdade, honestidade, respeito familiar, o nosso primeiro rei não é um modelo e pouco me interessa se na Idade Média tal hipocrisia era a norma. De uma figura inspiradora espero outras qualidades.

    # Jorge Moniz |