frutos de sombra













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    quinta-feira, 18 de outubro de 2007



    Nos meus sonhos tanto costumam aparecer pessoas que conheço como perfeitos desconhecidos. Ou pessoas que conheço durante o sonho e que ao acordar reparo não terem o rosto que conheço.
    Já a narrativa é mais interessante. Muitas vezes envolve meios de transporte, bicicletas, carros, autocarros, aviões, helicópteros, que até se podem transformar de uns noutros com toda a naturalidade, serem conduzidos no banco de trás, levantarem vôo de uma montanha às curvas. É frequente eu estar atrasado para uma viagem e o sonho termina sempre antes de saber se cheguei a tempo ou não.
    Animais não me lembro de já terem aparecido.
    Foi assim, por exemplo, que há duas noites sonhei que ia contigo nas traseiras de um autocarro, de máquinas fotográficas em punho, para visitar a festa de uma aldeia onde ia haver fogo de artifício fixo.
    E foi assim que esta noite sonhei com uns olhos inexpressivos, um nariz quase a cair, uns braços e pernas bambos, um pelo que já teve melhores dias. Sonhei com o urso de peluche que a minha madrinha me ofereceu no meu baptizado e que ainda existe no quarto de sempre em casa dos meus pais. No sonho só não tinha as medalhas que lhe vou pendurando ao pescoço, não de certeza, senão eu tinha acordado com o tilintar.

    (todo o propósito do texto foi claramente o de pela primeira vez escrever a palavra “tilintar”)

    # Jorge Moniz |