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domingo, 4 de novembro de 2007
Ontem li um texto que me fez pensar no esquentador
Falava o texto de quando aparecem pessoas na nossa vida pelas quais até gostávamos de nos apaixonar, mas isso não acontece.
Atenção que são diferentes daquelas pelas quais nos devíamos apaixonar. Essas outras são as carregadas das qualidades objectivas convencionadas pelas nossas mães: a personalidade, a moral, a beleza, a carreira. O que não tem nada a ver com sentimentos.
Estas até gostamos muito delas, temos-lhes ternura, queremos-lhes mais do que a amigos, enfim, é lerem o texto que o diz muito bem. Simplesmente não acontece mais do que isso, falta qualquer coisa e fica ali uma indefinição. Como se resolvem estas situações? Os práticos tratam de procurar activamente substituto. Os românticos esperam por uma madrugada em que haja um alinhamento propício dos astros, para não chegarem aos 50 anos e dizerem “contigo é que eu devia ter ficado”.
O que é que isto tem a ver com o esquentador? Simples. É ter a chama piloto já acesa, mas abrir a torneira e as labaredas nunca mais subirem para aquecer a água.
(afinal temos é que descobrir onde está o nosso botão regulador e como limpar o nosso filtro)
# Jorge Moniz |
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