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    segunda-feira, 18 de maio de 2009


    Dos clientes e dos fornecedores

    Um negócio ou um produto pode, e em muitos casos até deve, criar uma identidade própria, uma imagem que permita uma identificação com o consumidor alvo.

    Um bom exemplo é a livraria Ler Devagar, que definiu bem o seu público e tem assim um sentido de comunidade. Consegue isso através das actividades que desenvolve e sobretudo através da imagem dos seus espaços, do design, da arquitectura, do dinamismo.

    Um negócio ou um produto não pode esquecer-se do essencial que fica a seguir ao marketing: a transação comercial eficaz. Para isso é preciso, entre outras coisas, que o serviço seja profissional. Ou seja, depois do potencial cliente ter sido captado pela boa estratégia, o produto ou serviço deve ser vendido sem dificuldades, sob pena de não satisfação do cliente e afastamento.

    Um bom exemplo é a livraria Ler Devagar. O seu espaço da LX Factory, várias semanas após a inauguração, continua sem organização, com vários livros sem preço e muitos (todos os restantes?) com preço escrito a lápis num canto da folha de rosto. Uma pessoa pega num livro que lhe interessa, procura o preço, não o encontra e dirige-se ao balcão. A funcionária procura também o preço, diz algo como “estava lá em cima, não estava?”, comenta que não sabe o preço daquele livro e produz a pérola:


    “agora ia demorar um bocado de tempo a encontrar”


    Perante alguma insistência da potencial cliente, telefonou para alguém, que também não lhe soube dizer o preço. Explicou que aquele livro faz parte de muitos que estão lá e foram “herdados” em segunda mão e que não estão ainda catalogados. A livraria está aberta há várias semanas. Lá ficou com o contacto telefónico da potencial cliente que ficará com curiosidade a aguardar se aquele livro um dia terá preço, ou não.

    A impressão que me tinha ficado da inauguração manteve-se: um belo espaço para passear, assistir a uma conferência, tomar um café. Chamar-lhe livraria é um pouco abusivo: é um bar com decoração de livros nas paredes.

    # Jorge Moniz |