frutos de sombra













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    sexta-feira, 30 de outubro de 2009



    Na escola primária lembro-me de umas fichas de avaliação que separavam a nossa aprendizagem em vários itens. Um deles tinha a ver com a aquisição do conhecimento e outro com a aplicação desse mesmo conhecimento.
    São de facto coisas completamente diferentes e é curioso como mesmo na idade adulta, ou mesmo com milénios de humanidade, há coisas que podemos saber mas não incorporar nas nossas acções.
    Nas ciências, na técnica, há menos margem para isto acontecer. Se alguém há 100 anos experimentou juntar A e B e aquilo não deu C, hoje ninguém vai tentar obter C a partir de A e B. É colocar o conhecimento em prática.
    Nos sentimentos, relações é mais difícil. Há uns anos escrevi que toda a humanidade já sentiu todo o tipo de sentimentos, mas quando os sentimos nós, somos os primeiros. E pouco interessa o que séculos de relações dizem, o que pessoas próximas com experiências semelhantes dizem. Quando se decide com o coração, não há experiência que nos valha. Esta mulher a quem o homem bate acredita quando ele lhe diz que agora vai ser diferente, apesar de saber que as pessoas não mudam. Aquele homem sabe que não se compram sentimentos, mas pede à colega por quem anda obcecado e que o ignora, que o ame. A história dos outros não serve de nada porque connosco vai mesmo ser diferente, a sério que vai.

    # Jorge Moniz |